A escravidão brasileira
No Brasil, “A escravidão passou a ser justificada por razões morais e religiosas e baseada na crença da suposta superioridade racial e cultural dos europeus.” E, ao contrário do que muitos pensam, não só negros eram escravos.
A escravidão tem uma forte ligação com a condição social. Eram escravizadas todas as pessoas que tinham dívidas, menos dinheiro, os prisioneiros de guerra, e criminosos. A primeira forma de escravidão no Brasil foi do índio. Eles também já escravizavam antes de serem escravizados, entretanto, eram escravizados apenas prisioneiros de guerra.
Moral e ética
Observe estas explicações:
“MORAL: É o que já foi decidido: ela permite tudo, desde que não se desobedeça a princípios.Ou seja, a moral dita regras de convívio social, uma pessoa que respeita essas regras é considerada uma pessoa moral.
ÉTICA: Tudo depende: ela permite tudo, desde que não prejudique outros indivíduos. A ética busca justificar a moral e criar a consciência ética no indivíduo, fazendo-o perceber as conseqüências de seus atos perante a sociedade. Para ser ético, é necessário desenvolver uma reflexão crítica.”
“Moral tem sua origem do latim, que vem de "mores", significando costumes. Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava Moral como a "ciência dos costumes", sendo algo anterior a própria sociedade. A moral tem caráter obrigatório.
Ética vem do grego "ethos" que significa modo de ser. Ética é definida por Motta como um "conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, igualmente, o bem-estar social", ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.”
A partir destas formas de se descrever a moral e ética, observa-se que a moral segue regras que controlam as ações do homem perante a sociedade. O homem que não segue estas regras é considerado amoral. Observa-se também que a ética é liberal e permite as ações, entretanto, orienta o homem mostrando suas consequências.
O negro no mercado de trabalho
Infelizmente a herança cultural escravista é hoje revivida.
O negro ainda encontra dificuldades quanto a sua inclusão no mercado de trabalho. Por muitas vezes, quando o negro encontra trabalho, recebe salário abaixo da média, não condizente com sua capacidade. Ainda que tenha o mesmo grau de escolaridade do não-negro.
“A comparação das taxas de desemprego nas diferentes regiões mostra que, em Salvador, a taxa de desemprego entre os negros é 45% maior que entre os não-negros, apresentando cerca de 8 pontos percentuais de diferença (25,7% entre os negros e 17,7% entre os não-negros). Em São Paulo, ocorre fenômeno semelhante, com uma distância de 40% entre as taxas de desemprego entre as duas raças. Ainda que em proporções elevadas, os menores diferenciais ocorrem no Distrito Federal e em Recife.”
Dados obtidos através do site do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos)
A violência contra o negro
Atualmente os negros são as principais vítimas de homicídio do país. A partir de pesquisas foi estimado que a taxa de jovens negros vitimados chega a 74,8% a cada 100.000 (cem mil) habitantes. De acordo com o “Mapa da Violência 2010: Anatomia de Homicídios no Brasil” apresentado em março deste ano, numa série de cinco anos foi constatado que o risco de um jovem negro ser vítima de homicídio no país é 130% maior do que o de um não-negro. Este é um quaro triste em nossa sociedade, afinal, é inaceitável que, nos tempos de hoje, ainda haja tanta discriminação num país cuja cor não é definida. O Brasil é um país misto composto por negros, brancos, morenos, pardos e índios.
A mulher negra
Hoje, a situação da mulher negra no Brasil é a mesma que a do período de escravidão com poucas mudanças, pois ela continua em último lugar na escala social e é aquela que mais carrega as desvantagens do sistema injusto e racista do país.
“Inúmeras pesquisas realizadas nos últimos anos mostram que a mulher negra apresenta menor nível de escolaridade, trabalha mais, porém com rendimento menor, e as poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial e ascender socialmente têm menos possibilidade de encontrar companheiros no mercado matrimonial.”
A mulher negra tem sido de grande valia à nossa sociedade, pois por muitas vezes ela é mãe e pai e sustenta sua família com o seu esforço. A garra da mulher negra é imensurável. As poucas que fizeram grandes conquistas abdicaram de muitas coisas para chegarem onde pretendiam. Pois, além da necessidade de comprovar a competência profissional, tinham de lidar com o preconceito e a discriminação racial que lhes exigiam maiores esforços para a conquista do ideal pretendido.
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